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Diariamente, as organizações iniciam os mais variados tipos de projetos. Eles visam lançar novos produtos...

Diariamente, as organizações iniciam os mais variados tipos de projetos. Eles visam lançar novos produtos e serviços, implantar sistemas de comunicação e informação, chegar a mercados diferentes ou mesmo aprimorar modelos de gestão. Cada iniciativa tem suas próprias especificidades, em termos de equipes designadas para desenvolvê-la, prazos de planejamento e execução, setores envolvidos, públicos-alvo atingidos e maneiras de avaliar resultados. Mas como garantir que cada um desses projetos seja gerenciado de forma sustentável?

A sustentabilidade no gerenciamento é essencial no século 21. Internamente, ela ajuda a garantir a eficiência da organização. E, do ponto de vista do relacionamento com o público externo, é importante para que a companhia cumpra seu papel social e ambiental. “O desenvolvimento sustentável atende às necessidades da empresa no presente, sem comprometer a habilidade das gerações do futuro diante de suas demandas”, explica Alonso Mazini Soler, mestre em estatística e finanças empresariais e professor na pós-graduação em Gestão de Projetos de Negócios do Insper. “Projetos sustentáveis se apoiam num tripé: eficiência econômica, equidade social e equilíbrio ambiental”, resume.

Novas tarefas
E o que significa fazer gerenciamento sustentável de projetos? Quem responde é Adriana Keiko Nishida, aluna do professor Soler no Insper: “O desenvolvimento sustentável não diz respeito unicamente às questões ambientais, mas também aos aspectos financeiro e social, sob uma perspectiva sistêmica”, diz ela, que é graduada em ciências biológicas e informática para negócios.

 

“Não se trata simplesmente de um cronograma, de um custo a ser reduzido ou da qualidade esperada de um produto ou serviço quando realizo uma entrega”, ela continua. “É mais do que isso: trata-se da forma como penso em cumprir esse cronograma, do respeito que emprego, da forma como ajudo a desenvolver pessoas, da responsabilidade e dos impactos das minhas ações e escolhas ao optar por um ou outro produto/fornecedor, do que faço com o material que não será mais utilizado ou até mesmo da maneira que evito sua utilização.”

Ou seja, o desenvolvimento sustentável implica fazer uso razoável de recursos e calcular impactos, seja por obrigação ou por visão de longo prazo. “A abrangência do desenvolvimento sustentável não se limita às iniciativas de ação social de caráter assistencialista e filantrópico. Não se restringe a simplesmente cumprir marcos regulatórios, legais ou normativos”, diz o professor Soler. “É um novo paradigma de gestão que, incorporado e difundido, estará colocando o poder de influência dos negócios a serviço de uma sociedade sustentável e principalmente mais justa”, completa.

Nova organização
Dentro de uma empresa, essa mudança de pensamento começa na hora de organizar as equipes encarregadas de cada iniciativa, afinal existem tarefas de todos os tipos envolvidas nos projetos: mapeamento das necessidades, comunicação, aquisições, controle de custos, avaliação de riscos, gestão do cronograma etc.

E para que tudo isso funcione de forma equilibrada é fundamental haver um gerenciamento de integração. Em cada um desses grupos, é possível rever processos. Por exemplo, a aquisição de material pode privilegiar fontes renováveis e produtores locais certificados, ou as viagens, para realizar reuniões presenciais, podem ser substituídas por videoconferências. A formação de pessoal também é uma área com grande capacidade de gerar impacto na comunidade local, já que moradores do entorno da sede e das filiais podem contar com emprego e formação qualificada.

Fonte: Exame


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